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Equipe Titãs da Robótica desenvolve solução para facilitar processo de monitoramento de pacientes com covid-19

Publicado: Segunda, 04 de Maio de 2020, 18h41 | Última atualização em Segunda, 04 de Maio de 2020, 18h41

Smartphones apreendidos pela Alfândega do Porto de Vitória foram doados para o Hospital Universitário Antônio Cassiano Moraes (Hucam) para serem usados no combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Os aparelhos serão utilizados como monitores para facilitar o processo entubação por vídeo em pacientes que precisam de ventilação mecânica.

Originalmente, o instrumento usado para o procedimento é um videolaringoscópio. Mas, por causa da pandemia, há uma dificuldade mundial em adquiri-lo pronto no mercado.

Por isso, a equipe Titãs da Robótica do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) do Campus Colatina criou um novo modelo, feito a partir de uma impressora 3D. A adaptação conta com microcâmeras que se ajustam melhor aos pacientes e oferecem menor risco de contaminação pelo novo coronavírus. O professor Ricardo Tedesco, membro da equipe de robótica, foi o servidor do campus principal responsável pela solução tecnológica.

Mas a criação também precisava de monitores. Sabendo disso, a Alfândega teve a iniciativa de doar os aparelhos, que poderiam ser usados como telas. "A gente fez uma busca no nosso estoque de mercadoria apreendida e encontrou esse material, que a gente pode destinar praticamente de imediato para o Hospital das Clínicas", disse o delegado Fabrício Betto.

Os smartphones doados foram apreendidos em operações feitas em transportadoras e nos Correios. Eles eram vendidos pela internet dentro do Brasil sem nota fiscal.

Descontando o valor dos celulares, o equipamento adaptado pela equipe de robótica custa cerca de R$60, enquanto um videolaringoscópio original pode chegar a R$10 mil.

Com a adaptação, o processo é feito com menor risco de contaminação e mais eficiência para os profissionais de saúde.

"A gente, no dia a dia, estava usando nosso computador, nosso celular pessoal. Mas entrar com celular pessoal dentro de uma sala com risco de exposição ao vírus é complicado", disse o médico anestesista Carlos Eduardo de Almeida.

Além dos 50 smartphones, também foram destinados ao Hospital Universitário mais de mil óculos que servirão para atender a população carente que precisa de armações para óculos de grau.

(com informações do portal G1)

 

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